domingo, 7 de março de 2010

Temos de INOVAR e já não podemos FALHAR



Nos últimos tempos tenho-me questionado sobre qual a razão deste meu último vício. Não é seguramente por uma razão de catarse. Tenho por hábito dar a cara às causas, não falando em surdina. Sinto vontade de escrever para memória futura, recriando ideias passadas com inovação, ideias que surgiram fora do seu tempo. Tenho aliás obrigações acrescidas de poder contribuir com algumas ideias para o desenvolvimento deste nosso mundo rural, centrando-me nas suas reais mais valias. Eu não tenho vergonha do Mundo rural nem dos seus actores. Acredito neles. E, tenho comigo muitos que, têm permitido desenvolver projectos com enorme potencial que, florescem mas que infelizmente muitos acabam por não frutificar. Falta por vezes o apoio dos verdadeiros empreendedores. Ao longo deste próximos tempos vou falar de projectos já idealizados e realizados em parcerias, nas quais apenas mando uma “bocas” mas com os quais me identifico plenamente. É importante também falar dos verdadeiros artífices e artistas que estão por detrás deles. A razão é que nos resta pouco tempo para triunfar e agora que estou metido numa nova proposta de candidatura para a promoção, valorização e desenvolvimento do mundo rural nas mais variadas vertentes, preciso de ganhar inspiração. Vou começar por um dos projectos mais arrojados que conheço.
«Mendel´s Jewellery» by Paulo Medeiros. Este é um artista já conceituado. Não precisa de apresentações mas falta-lhe o projecto para saltar para o Mundo. Mais dia, menos dia esse projecto aparecerá. O conceito deste, baseia-se na valorização dos vegetais das nossas hortas, importantes para uma alimentação saudável e uma vida próspera, recriando esse tema na própria germinação das sementes enquanto jóias. A propósito a denominação Mendel´s vem de uma figura da história de genética que estudou a Pisum sativum (ervilheira), mas cujo trabalho só foi redescoberto trinta e tal anos depois. Aproveito para dar mais uma sugestão para o trabalho de genética «Será que existem coincidências na genética»

1 comentário:

  1. Segunda, 8 de Março de 2010.

    Tenho vindo a ler e a reler,a acompanhar o crescer do BIOGERE e hoje não podia passar ao lado das palavras que estão aqui descritas, com as quais me reconheço. Sendo eu atravessada por uma sensação que desconheço, as recordações vão fluindo de forma plácida e constante, não estando permanentemente a olhar para o relógio.
    Realmente vivemos, convivemos, resistimos, cruzamo-nos nesta função em que o cansaço se intromete, onde velhos sons matinais se conjugam, com o nascer de um novo saber, com o nascer de um novo dia... Breves que somos...
    É urgente sentir, libertar, partilhar, realizar, intervir e criar...
    Deixo como palavras finais deste comentário, as primeiras palavras que juntei, quando cheguei a um Projecto Parque Botânico Arbutus do Demo, em que acreditei..:
    "Vou coleccionando,
    o cheiro das palavras
    e as frases incompletas
    como plantas num herbário.
    Construo o poema por cima
    no assalto sigiloso
    da cadência a vibrar
    como um violoncelo,
    ocupo as páginas
    que ninguém lê
    numa teimoso impertinente,
    palavra a palavra,
    onde a única união
    entre o silêncio
    e o traço que parte
    é a cauda da viagem inaugural
    que cresce na aventura
    página a página.
    Sempre que se vira uma página,
    nasce um novo saber
    ou uma planta estremeça
    qualquer vibração se inicia
    e esta fina membrana
    que se separa de tudo
    reacredita o horizonte
    em que acreditamos…"

    Alexandra Campos

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