sexta-feira, 7 de maio de 2010

As forças de TENSÃO-COESÃO


Da natureza vêm muitos dos exemplos que podemos aplicar e explicar o dia a dia em sociedade, a vivência e por vezes a sobrevivência das Instituições. Tinha prometido a mim mesmo não falar muito mais de Instituições mas desenvolver as tais ideias e projectos de futuro. Mas permitam-me que de uma forma construtiva, como aliás tenho sempre tentado, fazer uma análise de relação de asepctos físicos e biológicos para explicar tensões, coesões e limites. As plantas geram uma força motriz para elevar a seiva bruta, através do fenómeno de evapotranspiração, que tal como nós conhecemos é um processo que se gera por trabalho. A subida da coluna de seiva, que alimenta toda a estrutura orgânica, faz-se por um conjunto de forças e movimentos em que os fenómenos de tensão e coesão mantêm o fluxo contínuo do líquido que alimenta todos os processos, mais ou menos vitais para a sobrevivência e desenvolvimento da planta. A manutenção destas forças, dependem dos limites fisiológicos dos tecidos condutores, que estão intimamente associados com as características morfológicas dos mesmos. Eu tenho para mim que em sociedade o atingir dos limites de tensão sejam eles de relações pessoais ou institucionais é por vezes um mal que gera novas forças de coesão que ajudam à manutenção da estrutura. E se não atingimos os limites nestes últimos tempos, penso que andamos muito perto e que seguramente não seria possível aguentar por muito mais tempo estes fenómenos. Com os câmbios climáticos que temos assistido nos últimos tempos, os stresses que podem vir de fora, sejam hídricos ou salinos, podem corromper as forças que, por ora, ainda são ténues mas que esperamos que em breve possam ser fortalecidas para o bem dos orgãos e da planta no seu todo. Já agora os que tiverem responsabilidade dessa acção não se esqueçam de regar a planta, porque a água das chuvas pode não ser suficiente. Ainda não falamos da espécie da nossa planta e isso poderia ser importante para caracterizar qual o mecanismo fotossintético usado, se seria C3, C4 ou CAM, mas isso ficará para uma próxima crónica.

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