quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Qual é a senha? "O Continente... não é zona de pesca"


Não é papel deste espaço, estar a criticar por criticar, seja o que... ou quem for. Se acaso acontece tem o mero propósito de lançar pistas para tentar melhorar. A crítica construtiva. Há poucos dias a Deco apresentou um estudo sobre os hiper/supermercados e os seus custos. Devo dizer que, por uma análise cruzada e simplista confirmei muitas das conclusões. O peixe do Pingo-doce é mais barato, e melhor, a carne também a par do intermarché. No outro lado estão normalmente o Continente e o Jumbo. É claro que existem as promoções e isto tudo se altera, mas temos que estar muito atentos para colher esses frutos. Hoje quero falar do Continente, pelo que acabei de viver. Fui comprar peixe. Robalo "fresquinho de aviário". Tipo esperto retirei duas senhas, a rosa, (amanhado) e a verde (só pesar). Era prática corrente a senha do, só pesar, permitir escamar. Prática antiga, já caduca. Era o 78 e a funcionária delicadamente disse que por ela faria, mas os outros clientes reclamariam. Entretanto, enquanto esperava para ouvir esta sentença, alguém pediu postas de corvina. Esta mesma funcionária ao cortar as postas murmurou com a colega que o peixe cheirava mal. Sugeriu ao cliente, que se fosse da freguesia seria freguês, que escolhesse outra coisa. Ele sem perceber escolheu cherne. Bom, mas voltando à minha pescaria, após receber a nega, fui acompanhar a familia nas compras. Aqui poderia fazer um trocadilho com o falo da peixaria de Aveiro, mas fica para outras falas. Eis que se não, passado quase uma hora, estava com vagar hoje, olhei para o números das senhas. A rosa, de amanhado, ia no 74 e, como que de repente, passou para o 94. A funcionária, passou alguns minutos a dizer 20 números sem atender ninguém. Aproximei-me da banca do peixe na esperança de em breve usufruir da senha que havia retirado há cerca de uma hora, era o 98. Enquanto aguardei uns minutos, para ser atendido, reparei que a mesma funcionária que me havia negado o escamar, o iria fazer para uma outra cliente. Este tratamento diferenciado, acabo por perceber porque, as próprias funcionárias não acreditam naquele sistema. Eu muito raramente, compro peixe no continente, e para além do peixe normalmente não ser fresco, porque vai à triagem a Santarém antes de seguir para todo o lado, não compro por causa do malfadado sistema. Isto deixa-nos a pensar na falta de eficácia e rentabilização de muitos dos processos, mas numa entidade tida como exemplar, ainda assume mais preponderância. Não sei quem está a ficar "Xoné", se sou eu se os dirigentes da Sonae. Comprem no continente, mas quando se tratar de peixe...é melhor ser nas "ilhas". A propósito a página web do Continente é incomparavelmente superior à do Pingo-doce.

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