sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

..."O fotógrafo não fica na fotografia, apenas deixa o seu olhar e a sua alma".


http://bitaites.org/internet/selfie-service

Termos a humildade de não tirar "selfies", ainda que fiquemos bem na fotografia. 
Não apenas porque a câmara frontal tenha menos pixeis, mas porque já conhecemos o personagem, quer os seus méritos quer os seus mais recônditos defeitos.
Foquemo-nos no essencial em procurar traduzir a estética da imagem, o sentimento e a alma e não apenas o momento narcisista, que hoje é com este, amanhã com aquele, um pouco ao jeito “prostituto” de onde está o Wally?

A arte da fotografia não é banal, nem é infinito o número de fotografias que podemos tirar, não sei quantas em não sei quantos milissegundos. Até no tiro aos pratos há regras. Imaginem uma sessão de tiro ao prato de Kalashnicov. O que revela do atirador?

É curioso como os jovens, nunca tendo tirado fotos de 100 e 200 asa, tenham saudades de tirar fotografias com rolo. Para um aprendiz de fotógrafo, devemos dar uma meia dúzia de rolos de 36 fotografias para tirarem a seu gosto uma fotografia a uma coluna ou a um qualquer outro elemento estrutural. Depois de trazer os rolos, nem olhamos para os rolos, quanto mais para as fotografias. Damos um rolo de 24 fotografias e dizemos, tira aquela fotografia à coluna que ainda não tiraste!  E aí o aprendiz de fotógrafo pensará em tirar aquela fotografia que lhe falta, recorrendo à sua sensibilidade e alma de forma a tirar aquela fotografia que só ele seria capaz de o fazer, e nem precisa de assinar a autoria da foto, todos saberemos que é sua, pelo estilo, pela luz, pelas sombras, pelos contrastes, enfim pelo momento exclusivo que combina uma série de fatores e condicionantes.
O tiro (e eu sou pouco apologista do tiro) tem que ser certeiro, tal como a fotografia tem que ser aquela em que o fotógrafo deixa o olhar e a alma para conseguir atingir o alvo e os objetivos.

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