domingo, 10 de setembro de 2017

As Escolas Superiores Agrárias...face a este cenário que propostas terão para o futuro....

Na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior as Escolas Superiores Agrárias tiverem no geral um desempenho insuficiente. A ESACoimbra foi a que revelou um maior número de entradas com 99 vagas preenchidas (45,2%). O curso de Biotecnologia foi o único que preencheu a totalidade das vagas (44), sendo que o curso de Tecnologia Alimentar teve um desempenho bom, até comparativamente com as licenciaturas equivalente nos outros Institutos. Deficientes foram os desempenhos dos cursos de Engenharia Agro-pecuária, e Ciências Florestais e Recursos Naturais. Estranho foi o facto de no curso de Agricultura Biológica não ter entrado qualquer candidato.

A ESAViana do Castelo teve o segundo melhor desempenho com 50 vagas preenchidas (42,4%) nos quatro cursos. Os cursos de Enfermagem Veterinária e Biotecnologia tiverem desepenhos satisfatórios.

Em terceiro lugar ao nível das ESAgrária surge a ESAViseu com 43 entradas a que corresponde 36,1% das vagas candidatadas. O único curso com um comportamento satisfatório foi o de Enfermagem Veterinária com 84,4% das vagas preenchidas. Pela negativa os restantes cursos com particular destaque para a Licenciatura de Ciência e Tecnologia Animal. Os cursos de Qualidade Alimentar e Nutrição e Eng. Agronómica apresentam alunos com médias de entrada de 13,4 e 12,2 val, respetivamente, perspetivando ainda alguma margem para entrada de alguns alunos.

A ESASantarém revela um comportamento negativo com apenas 30 vagas preenchidas a que representa uma percentagem de 14,2%. Pela positiva a entrada de 19 alunos no curso de Agronomia.
A ESACastelo Branco revela uma entrada de alunos muito reduzida com o preenchimento de 20 vagas (16,5%). Pela negativa o facto do curso de Biotecnologia Alimentar não ter tido qualquer candidato.

A ESAElvas teve um desempenho similar em termos percentuais (17,8%) a que correspondem 17 vagas preenchidas. O curso de equinicultura que é único em Portugal teve 5 candidatos.
A ESABeja teve um desempenho muito negativo com apenas 5 candidatos nos quatro cursos candidatados.


Este cenário revela que muito tem que ser feito para tornar estas Escolas sustentáveis e produtivas para o País e em particular para o dito interior. Iremos apresentar nos próximos dias algumas sugestões para tentarmos inverter este cenário, sendo que não existem "milagres" e há muito para fazer em prol destes territórios. A leccionação de aulas e a capacitação dos recursos humanos é fundamental para um futuro de sucessos nestes territórios, mas há muito mais a fazer para além disso. Primeiro temos que interpretar muito bem os resultados e olharmos para alguns sinais que nos podem dar indicações preciosas para o futuro.

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