quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

L.A., se achares oportuno leva o Salgueiro....

...para um arranjo na entrada,....e a Joaninha também vai....



FORESTORE...Seguido ao minuto....





Há Linhas e Linhas...

...umas que se escrevem outras que se cruzam....(um dia destes escrevo um texto sobre este pretexto).






Eu também gosto do Zé...não tenho é Facebook

...aprendam com o Zé antes que ele vá para Moçambique,....meu irmão!
Esta campanha lembra uma que fizemos em 1997, na qual o Zé estava no meio das ovelhas. Agora está na administração e como o Zé não há muitos....mas podemos procurar outros senão parece que são sempre os mesmos!



terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Estão abertas novas contratações na ESAV....num Espírito Solidário

1, 2, 3....estas candidatas já estão contratadas. Pela eficiência serão apenas contratadas a meio tempo, será mais que suficiente! O CTC vai já tratar dos papéis e a Doutora Edite vai já marcar uma reunião... para não "andarmos aos papéis".


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

O que são Células Somáticas...na verdade!







As células somáticas são um conjunto de células que estão sempre presentes no leite. Este conjunto inclui células de descamação do epitélio mamário, células secretoras de leite que no final de vida são eliminadas, e células de defesa do organismo do animal, macrófagos, neutrófilos e linfócitos.

Os macrófagos e neutrófilos são células fagocitárias. A sua ação é internalizar os microrganismos e destruí-los. Os linfócitos são células imunitárias e, consoante o tipo de linfócito, podem destruir células infetadas, produzir moléculas estimuladoras ou produzir anticorpos. Os anticorpos contra microrganismos no leite são muito importantes porque funcionam como opsoninas que são moléculas que se ligam ao microrganismos e às células fagocitárias, intensificando a fagocitose.

No leite produzido por uma glândula saudável de ovelha, a contagem de células somáticas (CCS) é de 10 a 200 X 103 /mL (Paape et al., 2001) e as células em maior quantidade são os macrófagos. No leite saudável de cabra, porém, a CCS pode ser entre 270 a 2 000 X 103 células/mL (Paape et al., 2001) e as células em maior percentagem são os neutrófilos.

A mastite é a inflamação da glândula mamária. Uma inflamação é uma reação de defesa do organismo animal que acontece com o objetivo de eliminar microrganismos, que estão a causar uma infeção, ou detritos celulares que podem resultar de traumatismos. Um dos mecanismos da inflamação é a chegada, ao local do problema, de neutrófilos provenientes do sangue com o objetivo de fagocitarem os microrganismos e os detritos celulares. Quando há uma mastite, os neutrófilos acorrem à glândula mamária e a CCS aumenta.

Portanto, a presença de grande número de células somáticas no leite indica que há uma razão para haver necessidade de células de defesa na glândula mamária, e essa razão é, maioritariamente, a presença de bactérias. A CCS elevada indica que há mastite e, nesta situação, há sempre três condições prejudiciais: (1) baixa de produção, (2) presença de microrganismos, potencialmente patogénicos, e (3) alterações químicas do leite.

Para além do prejuízo causado pela redução na produção de leite, as alterações causadas no leite pela mastite vão, ainda, danificar o processo de transformação do leite. Durante o fabrico de queijo, o crescimento de microrganismos patogénicos vai causar uma diminuição no crescimento de Lactobacilli (Fang et al., 1993), que são bactérias fundamentais para se dar o processo queijeiro, além de poderem produzir toxinas (Orden et al., 1992a; b, c) que podem ser nocivas à Saúde Pública (De Buyser et al., 2001). As alterações químicas do leite, designadamente a diminuição dos teores de caseína e lactose, vão aumentar o tempo de coagulação e produzir uma redução da tensão da coalhada (Schalm et al., 1971; Philpot, 1984; Vitkov et al., 1989; Rossi et al., 1994; Leitner et al., 2004; Quintana e Martín, 2005; Silanikove et al., 2005), além de poderem produzir rancidez do queijo (Wendorff, 2002).

Por não haver legislação que limite a CCS no leite de pequenos ruminantes, há a tendência para não se dar a devida atenção a esse indicador de qualidade do leite. Porém, em alguns países/ regiões na Europa já há uma consciência dos prejuízos associados a altas CCS e são tomadas medidas de controlo. Na tabela 1 apresentam-se valores médios de CCS em diferentes países/ regiões na Europa.

Tabela 1 – Médias de CSS


Vários autores têm sugerido diferentes limites de CCS a aplicar às ovelhas. Podemos citar: 250 X 103 células/mL (De La Cruz et al., 1994; Pengov, 2001); 300 X 103 células/mL (González-Rodríguez et al., 1995); 400 X 103 células/mL (Leitner et al., 2000); 500 X 103 células/mL (Travnicek et al., 1978; Vitkov e Vitanov, 1980 referidos por Fthenakis et al., 1991; Berthelot et al., 2006); 1 000 X 103 células/mL (Jones, 1991; Fthenakis et al., 1991); 1 500 X 103 células/mL (Mavrogenis et al., 1995).
Relativamente às cabras, dadas as suas características específicas, designadamente o facto de apresentarem maior descamação de células epiteliais na glândula mamária e de a secreção de leite ser do tipo apócrino, em que há o destacamento da parte apical das células epiteliais na sua base secretora, com liberação para o lúmen alveolar de partículas citoplasmáticas (PC) com ou sem material nuclear, os limites sugeridos são superiores. Destacamos: 270 a 2 000 X 103 células/mL (Paape et al., 2001); 450 X 103 células/mL (Leitner et al., 2008); 481 X 103 células/mL (Persson & Olofsson, 2011).
Nos Estados Unidos da América, o limite de CCS aplicado às ovelhas é de 750000/mL de leite, o mesmo valor que para as vacas naquele país (na Europa, para as vacas é de 400000/mL) , e de 1 000 000 /mL para as cabras.

Os produtores de leite de pequenos ruminantes devem estar conscientes de que são os principais prejudicados quando o leite produzido pelos seus efetivos tem elevada CCS e devem trabalhar para reduzir esse valores. Para isso podem aplicar medidas de controlo de mastites, designadamente regras de higiene da ordenha e das instalações dos animais, fiscalização da máquina de ordenha, verificação periódica de células somáticas, utilizando o teste californiano de mastites (TCM). Baixas CCS indicam baixa prevalência de mastites nos animais, o que irá resultar na subida da produção, num leite de boa qualidade, com bom rendimento queijeiro e produtos de qualidade superior com garantia de segurança alimentar.

Bibliografia
Berthelot, X.; Lagriffoul, G.; Concordet, D.; Barillet, F. e Bergonier, D (2006). Physiological and pathological thresholds of somatic cell counts in ewe milk. Small Rumin. Res., 62 : 27-31. De Buyser, M.L.; Dufour, B.; Marie, M. e Lafarge,, V. (2001). Implication of milk and milk products in food-borne diseases in France and in different industrialised countries. Int. J. Food Microbiol., 67: 1-17.
De La Cruz, M. de la; Serrano, E.; Montoro, V.; Marco, J.; Romeo, M.; Baselga, R.; Albizu, I. e Amorena, A. (1994). Ethiology and prevalence of subclinical mastitis in the manchega sheep at mid-late lactation. Small Rumin. Res., 14: 175-180.
Fang, W.H.; Shi, M.H.; Huang, L.Q.; Shao, Q.J.; Chen J. (1993). Growth of Lactobacilli, Staphylococcus aureus and Escherichia coli in Normal and mastitic milk and whey. Vet. Microbiol., 37 (1/2): 115-125.
Fthenakis, G.C.; El-Masannat, E.T.S.; Booth, J.M. e JONES, J.E.T. (1991). Somatic cell counts of ewes’ milk. Br. Vet. J., 147: 575-581.
González-Rodríguez, M.C.; Gonzalo, C.; San Primitivo, F. e Cármenes, P. (1995). Relationship between somatic cell count and intramammary infection of the half udder in dairy ewes. J.Dairy Sci., 78 (12): 2753-2759.
Kalantzopoulos, G.; Dubeuf, J.P.; Vallerand, F.; Pirisi, A.; Casalta, E.; Lauret, A. E Trujillo, T. (2002). Characteristics of the sheep and goat milks: quality and hygienic stakes for the sheep and goat dairy sectors. IDF SC on Microbiological Hygiene, Meeting 28 September 2002.
Leitner, G.; Yadlin, B.; Glickman, A.; Chaffer, M. e Saran, A. (2000). Systemic and local immune response of cows to intramammary infection with Staphylococcus aureus. Res. Vet. Sci., 69: 181-184.
Leitner, G; Chaffer, M.; Shamay, A.; Shapiro, F.; Merin, U.; Ezra, E.; Saran, A. e Silanikove, N. (2004). Changes in milk composition as affected by subclinical mastitis in sheep. J. Dairy Sci., 87: 46-52.
Leitner, G; Silanikove, N e Merin, U. (2008). Estimate of milk and curd yield loss of sheep and goats with intrammamary infection and its relation to somatic cell count. Small Rumin. Res., 74: 221-225.
Mavrogenis, A.P.; Koumas, A.; Kakoyiannis, C.K. e Taliotis, C.H. (1995). Use of somatic cell counts for the detection of subclinical mastitis in sheep. Small Rumin. Res., 17: 79-84.
Orden, J.A.; Cid, D.; Blanco, M.E.; Ruiz Santa Quiteria, J.A.; Gomez-Lucia, E. e De La Fuente, R. (1992a). Enterotoxin and toxic shock syndrome toxin-one production by Staphylococci Isolated from mastitis in sheep. Acta Pathologica, Microbiologica et Immunologica Scandinavica, 100 (2): 132-134.
Orden, J.A.; Goyache, J.; Hernandez, J.; Domenech, A.; Suarez, G. e Gomez-Lucia, E. (1992b). Detection of enterotoxins and TSST-1 secreted by Staphylococcus aureus isolated from ruminant mastitis. Comparison of ELISA and immunoblot. J. Appl. Bacteriol., 72 (6): 486-489.
Orden, J.A.; Goyache, J.; Hernandez, J.; Domenech, A.; Suarez, G. e Gomez-Lucia, E. (1992c). Production of staphylococcal enterotoxins and TSST-1 by coagulase negative Staphylococci isolated from ruminant mastitis. J. Vet. Med., 39 (2): 144-148.
Paape, M.J.; Poutrel, B.; Contreras, A. ; Marco, J.C. e Capuco, A.V. (2001). Milk somatic cells and lactation in small ruminants. J.Dairy Sci. 84 (E. Suppl.): E236-E244.
Pengov, A. (2001). The role of cuagulase-negative Staphylococcus spp. and associated somatic cell counts in the ovine mammary gland. J. Dairy Sci., 84 (3): 572-574.
Persson, Y. e Olofsson, I. (2011). Direct and indirect measurement of somatic cell count as indicator of intramammary infection in dairy goats. Acta Veterinaria Scandinavica, 53:15. http://www.actavetscand.com/content/53/1/15.
Philpot, W.N. (1984). Mastitis Management. (2ª edição). Ed: Babson Bros. Co., Illinois, U.S.A.
Quintana, A.M.V. e Martín M.I.R. (2005). Influence of somatic cell count on hard ewe’s milk cheese. Proceedings of the 4th IDF International Mastitis Conference, Maastricht, The Netherlands, June 2005: 918.
Rossi, J.; Gobbetti, M.; Buzzini, P. e Corsetti, A. (1994). Influenza delle alterazioni patologiche del latte sul processo di caseificazione. Il Latte, 9: 904-915.
Schalm, O. A.; Carroll, E. J. e Jain, N. C. (1971). Bovine Mastitis. Ed: Lea & Febiger, Philadelphia, USA. ISBN 0-8121-0332-7.
Silanikove, N.; Shapiro, F.; Leitner, G. e Merin, U. (2005). Subclinical mastitis affects the plasmin system, milk composition and curd yield in sheep and goats: comparative aspects. Proceedings of the 4th IDF International Mastitis Conference, Maastricht, The Netherlands, June 2005: 511- 516.
Vitkov, M.; Peichevski, I.; Dimitrov, T. e Mikhailova, G. (1989). Changes in Composition of Milk from Sheep with Subclinical Mastitis. Veterinarna Sbirka, 87 (7): 50-53.
Wendorff, B. (2002). Milk composition and cheese yield. Proceedings of the 8th Great Lakes Dairy Sheep Symposium, 7-9 Nov., Cornell University, Ithaca, New York: 104-117

...Cristina Queiroga

O dia 26 de Fevereiro de 2018 vai ficar como um marco...histórico na recuperação da Floresta...

... que irá mostrar ao mundo, como Portugal devia ter reagido ao flagelo dos incêndios, com responsabilidade, planeamento, ação, capacidade técnica e científica, inovação, criatividade e arte, ...sem compadrios nem burocracias a atrapalhar e com imensa vontade de um grupo que acredita no projeto. Acima de tudo com muita seriedade e competência! Obviamente que nem todos sabem o resultado final, mas se houver dois ou três (Eu, o Luís e o João) que souberem e acreditarem no sonho, até levávamos um "comboio" de não crentes, mas neste caso acho que se eu disser para onde vamos todos acreditam! Hoje comecei com o Sr. António da Forbis e o Davide, para amanhã entrarem outros em cena, o João Pires, o Joaquim da Ervital, a APPACDM, entre muitos outros, cada um a seu tempo. Hoje, trouxe o carvão das árvores e arbustos para o Paulo Medeiros criar uma obra com escala para marcar este dia. Estávamos tão bem sossegados e começaram a aparecer os "intrusos"...hoje foi um Faisão...Fabuloso! No dia da inauguração será servido Faisão com trufas, mas não este...que será o nosso simbolo. Por falar nisso vou falar com o Pedro que é dos maiores especialistas em aves que conheço para trazer para o projeto!

























terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Devemos ter os olhos bem abertos...

...e perceber de uma maneira muito simples o que pode causar a tal heterogeneidade no queijo, os tão afamados e diversos olhos, o encruado, o queijo com "coração", e tantas outras coisas para evitar mais perdas na produção do QSE e conseguirmos uma maior homogeneidade no padrão de qualidade que se quer de excelência.
Atenção que estas imagens são de leites de apenas um produtor. Agora é só percebermos o que por aí temos e a falta que afinal ainda podemos fazer neste setor que é vital para a região e para o Pais. A propósito o cardo usado nestes ensaios é nosso, não podia ser melhor. Mas como costumo dizer, o cardo só trabalha aquilo que o leite deixar...e nalguns destes casos, não faz nada!
Mas atenção! haverá mercados  e pessoas que, eventualmente, apreciem alguns destes padrões, porque pode ser uma questão de gostos (likes) mas neste caso é colocar o produto onde ele pode ser valorizado, desde que não se coloque em causa a saúde pública. Se gostássemos todos do mesmo isso seria muito aborrecido.
Estamos a trabalhar na ESAV, em colaboração com empresas especializadas no setor alimentar, laboratorial e informático, em métodos expeditos que possam ajudar os produtores a fazerem logo uma bateria de análises na ordenha, nos lotes, no tanque e que ao fim de algumas horas possam perceber que queijo têm na câmara a curar! Isto não é uma utopia...é Tecnologia na rastreabilidade e Valorização da qualidade Alimentar, "Food in Tech" e está para breve....muito breve!



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Uma Poesia Natural...que pode MOVEr uma inspiração....ECHOlógica....









"O mel é um produto natural de excelência que resulta da actividade diligente, laboriosa e sempre admirável do maravilhoso e enigmático insecto social que é a abelha melífera. O mel é um alimento ancestral, único e indiscutivelmente saudável. ´´E no interior obscruto da colónia que as abelhas preparam a magia, condensando em cada gota de mel as essências e sabores da Natureza. Ao consumir mel com regularidade, para além dos notáveis benefícios para a saúde, está também a contribuir para a manutenção e desenvolvimento de uma atividade ecológica milenas, a apicultura."

Este é um texto desenhado pelo Brandão, um criador de pormenores, que irá servir de inspiração para que no projeto FORESTORE possamos vir a incluir as abelhas como mais uma das vertentes a explorar, no melhor dos sentidos. Olhar a estrutura social da comunidade apícola como mote para uma unidade produtiva, no qual vale mais o todo que as partes individualmente. A eficiência da arquitetura dos favos, a dinâmica do arrefecimento da colmeia, o conceito de design que associa a estética com a funcionalidade, enfim, um exemplo para a nossa espécie vindo de organismos aparentemente tão simples e para o sucesso da nossa comunidade enquanto um todo, ou mesmo para um empresa.
A peça do Brandão é simplesmente uma das coisas mais belas que me foi oferecida. O rótulo foi adicionado ontem e por isso hoje a referência...Parabéns

O Brandão...Calha que nem Ginjas....

...num blogue deste tipo. Os meus Alunos de Genética não conhecem o Brandão mas devem-lhe estar muito gratos. Aliás, nenhum dos meus alunos conhece o Brandão, mas um dia apresento-vos. Foi nos de mais de 20 anos de ensino superior, talvez aquele que mais me surpreendeu,...pelo pormenor e pela tal "Box". As coisas que falávamos há mais de 10 anos e hoje caem que nem ginjas. O Brandão merecerá em breve uma crónica dedicada especialmente a ele. Hoje é só para marcar ...esta criação que vem quase a propósito do dia dos namorados ...mas é "wild Cherry"....Molto bene! Não se preocupem com o nome porque nem o Brandão é "NINJA", nem esta preciosidade cria GOTTA...