sábado, 5 de maio de 2018

A Ciência no Queijo e ao serviço do Queijo...A individualidade das PAs...(II)




Pela diversidade de proteases de plantas podemos ter uma breve ideia sobre o potencial sobre o qual estamos a falar em termos de coagulantes vegetais, das suas particularidades e do seu Potencial. Eu apenas me foco no campo das proteases aspárticas (PAs), sem desvalorizar as restantes. Mas nas PAs temos no caso do cardo, um exemplo de excepção sendo actualmente a planta conhecida com um número mais elevado de PAs nas flores (A-H), mas cuja complexidade ainda está longe de estar completamente esclarecida e descrita. Contudo, a maior complexidade prende-se com os níveis de actividades das diversas PAs nas diferentes fases de maturação e processamento. Estamos a falar de PAs em flores, mas podemos falar em sementes e podemos fazer queijos com PAs de sementes do cardo. E das folhas já alguém estudo? E se por acaso fizer o efeito contrário? Seria natural até pelas características anti-bacterianas, anti-fúngicas e anti-virais dos compostos fenólicos e flavonóides que por lá existem em concentrações interessantes. Daí o enorme potencial que podem ter num espectro de aplicações impressionante. Vemos como diz a ciência que o número e tipo de enzimas depende da espécie e depende da parte da planta. Eu acrescentaria, depende do genótipo de cada indivíduo e essa é grande novidade que acrescentamos e atestamos. Aliás, estou convencido que as PAs seriam um óptimo elemento de estudo para nos ajudar a entender a evolução e domesticação do género Cynara. Mas isso terá que ser apresentado por um grupo de referência em PAs para os quais deixo a ideia.

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